Commedia dell’ arte...

Gosta de arte, teatro, cultura? Então venha se deliciar com a Commedia dell’ arte!

A Commedia dell’ arte, surgiu entre os séculos XV e XVI na Itália.

Este país ainda mantinha a cultura do teatro popular da Antiguidade Clássica viva.

A Commedia dell’arte se opôs à “Comédia Erudita”, se afirmando até o século XVII.

Foi chamada por outros nomes também, como: “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”.

As apresentações eram feitas nas praças públicas e também pelas ruas.

Se apresentavam em suas carroças ou até mesmo em praticáveis, pois era raríssimo a possibilidade de conseguir um espaço cênico de acordo com o que precisavam.

Mas ao chegarem às cidades que faziam as apresentações, tinham que pedir permissão.

As Companhias de Commedia dell’arte eram itinerantes e tinham uma estrutura de esquema familiar, eram raros os profissionais contratados.

A ação cênica ocorria no improviso dos atores, ou seja, eram autores dos diálogos que apresentavam. Era seguido apenas um roteiro, denominado “canovacci”, possuindo total liberdade de criação.

Quanto aos personagens, eram fixos, e muitos deles viviam seus papéis até a morte.

 

Na Commedia dell’arte os personagens tinham 2 categorias distintas, patrões e criados.

Está curioso pra saber os personagens principais? Claro, não desmerecendo os demais...

Eram: Arlequim, Pantaleão, Capitão, Polichinelo e a Colombina.

- Arlequim – Possuía habilidades acrobáticas, era um servo ignorante e também um pouco ingênuo, e acabava sempre envolvendo as pessoas em confusões.

 

- Pantaleão – Era um comerciante idoso e avarento. Uma forte característica dele era o amor, costumava se apaixonar facilmente, mesmo com a idade avançada, até porque para o amor não existe idade como sabemos, não é mesmo?! 

                                                     

- Capitão – Já este era um militar que gostava de festas, estilo fanfarrão, mas muito inseguro, será próprio dos covardes?

 

- Polichinelo – Este já era um criado simples e bastante gracioso. Adorava uma boa macarronada.

- Colombina – Já ela, era uma criada muito ágil, inteligente e esperta. Costumava tirar proveito de todas as situações que conseguia.

Curiosidade; a maioria dos personagens da Commedia dell’arte foram incorporados pelo teatro de fantoches.
Com figurinos coloridos, muita alegria e espontaneidade nas cenas, acabavam “extrapolando” os limites das convenções da época, com tamanha teatralidade.




Como tudo tem sempre um lado negativo, no caso da Commedia dell’arte, quando o ator fica especialista em sua personagem, se torna muito repetitivo e vai contra a maior característica da Arte: a inovação.
Mas tem tantos pontos positivos que podemos deixar essa observação um pouco de lado. Quer ponto positivo melhor que esse? A Commedia dell’arte marcou a atriz e o ator como sendo a base do teatro!
Infelizmente no século XVIII a Commedia dell’arte declinou, tornando-se vulgar e licenciosa, logo, alguns autores tentaram resgatá-la, criando textos baseados em situações tradicionais deste estilo de teatro, mas a espontaneidade e a improvisação textual eram características fortes, então a Commedia dell’arte não tardou a desaparecer. O dramaturgo italiano Carlo Goldoni (1707-1793), foi um dos autores que muito trabalhou para fazer esse resgate.

Gostaram se saber um pouco mais sobre a Commedia dell’arte? E pra quem não conhecia, fica uma bela leitura e cultura. Até a próxima!

Ale :-)

 Texto de minha autoria baseado nas fontes abaixo. 




Fontes:
MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática, 2000.
VASCONCELLOS, Luiz Paulo. Dicionário de Teatro. Porto Alegre: L&PM, 2001.